"Depois de ter eliminado as noções
correntes de bem e mal, a superação objetiva do plano da moral, sem polêmicas,
se realiza com efeito pelo conhecimento das causas e dos efeitos e por uma
conduta que só tem esse conhecimento como base. A noção moral de pecado deve
substituir-se pela de falta ou, mais exatamente, pela de erro. Para quem situou
seu próprio centro na transcendência, a idéia de pecado tem tão pouco sentido
como base. A noção moral de pecado tem tão pouco sentido como as noções
correntes e, variáveis, de bem e mal, de lícito e ilícito. (...)perdem seu
valor absoluto e são postas objetivamente a prova em função das consequências
de fato derivadas de uma ação interiormente liberada de tais noções. (...)
Podemos fazer referência especialmente a esta concepção bastante conhecida, mas
quase sempre mal compreendida, devido aos já citados moralizadores, a chamada
lei do karma. Esta lei concerne aos efeitos produzidos em todos os planos por
atos determinados, de forma natural e direta, sem nenhum caráter positivo ou
negativo, nem de sanção moral, mas simplesmente porque estes atos contém já a
causa (de seus resultados)." (Cavalgar o Tigre)
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